sexta-feira, 25 de março de 2016
Meu caro Chico,
me perdoe, por favor, se a minha admiração não é mais irrestrita. Hoje você apoia quem manda roubar, roubou e tem roubado, não tem discussão. Não se importa em ver a Pátria Mãe, tão distraída ser subtraída em tenebrosas transações.
O que será que lhe dá, pra defender quem não tem decência, nem nunca terá, quem não tem vergonha, nem nunca terá, quem não tem limite?
Cantei cada uma das suas canções como se fosse a última. Li cada livro seu como se fosse o único. E, olhos nos olhos, dói ver o que você faz ao defender quem corrompe, engana e mente demais.
Não é por estar na sua presença, mas você vai mal. Vai mal demais. Eu te vejo sumir por aí, arruinando a biografia - que se arrasta no chão, cúmplice de malandro com aparato de malandro oficial, malandro investigado na Polícia Federal.
É, Chico, você tá diferente, já não te conheço mais. Quem te viu, quem te vê.
Trocando em miúdos, pode guardar as sobras de tudo que não conseguirem roubar. Apesar de você - e do PT - amanhã há de ser outro dia. - (Eduardo Affonso - Foto do ano de 1961, referente à prisão de Chico por roubar um carro. Sua primeira aparição na imprensa, não foi na seção cultural, como imaginava, mas nas páginas policiais do jornal Última Hora de São Paulo. Chico e um amigo "puxaram", roubaram, um carro.)
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