terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Confidências de Criminalistas V

Confidências de Criminalistas (V)


Prossegue o colega Pedro José Alves, narrando outra experiência onde, como diretor jurídico de uma empresa, atuou no caso de um acidente com um microônibus da sua cliente, que se deslocava do interior para uma grande cidade, transportando pessoas que deveriam tomar um avião para o Rio de Janeiro. Ao se aproximar de um viaduto estreito, o motorista passou sobre um corpo. O motorista explicou-lhe que algo foi arremessado no pára-brisa e que ele não conseguira, embora não corresse muito, frear o veículo, e que no exato momento em que ocorrera o incidente, cruzara por ele, sobre o viaduto mencionado, uma carreta, dessas imensas e cheias de soja. Disse-lhe que parou para ver o que ocorrera, chegando a uns 50 metros, reparou que era um corpo e decidiu "não enfrentar" o que estava por visualizar. Reparou que o retrovisor estava torto e que próximo ao pára-choque havia um pouco de sangue. Após levar seus passageiros parou num posto de serviços onde limpou o veículo e trocou o retrovisor. Considerou o motorista, sem consultar ninguém, que não havia o que temer e foi procurar o delegado do lugar relatando o que ocorrera. Foi indiciado como atropelador (réu confesso) ou frio assassino de um transeunte. Registra Pedro que contratou um advogado criminalista de São Paulo, que examinou a causa, conversou com o delegado e concluiu: "Não há dúvida, doutor, um assassino, irresponsável! É necessário que a empresa compense a família!" Sobrevém um despacho da juíza acenando com acordo no qual o motorista pagaria 20 cestas básicas. Com ele, a empresa teria que indenizar a família. Dando crédito para a narrativa do motorista, Pedro recusa acordo e pede que se produza prova testemunhal com aprofundamento nas existentes inclusive com oitiva de peritos que confeccionaram o laudo e exumação de cadáver. As provas foram deferidas a contragosto pela juíza (salvo a exumação) reclamando da "mania" de advogados , mormente de cidade grande, em "criarem problemas".
Na audiência ficou provado que o ônibus transitava regularmente, que havia um vulto sobre a estrada e a visão foi possível até certo ponto, porque havia um veículo vindo em sentido contrário e seus faróis iluminavam a pista. Em seguida, ouviram um impacto sobre o vidro dianteiro e um solavanco, como se o microônibus passasse sobre alguma coisa. Mais tarde, souberam ser um corpo, por informação do motorista acusado. Aos peritos, duas indagações: primeira: de que morrera a vítima e que parte de seu corpo foi primeiro afetada; segunda: quando a vítima chocou-se contra o pára-brisa era possível estar viva ou já era um cadáver? Com segurança, as respostas foram no sentido de que a vítima foi atingida na altura da coluna cervical pela carroçaria da carreta e que já estava sem vida ao ser arremessada contra o pára-brisa. A juíza, ao absolver o motorista, acabou por agradecer ao advogado, pela "insistência", já que, sem tal aprofundamento teria proferido decisão injusta. Encerra observando que até a audiência , embora a vítima não fosse casada nem possuísse filhos, as pressões dos demais parentes eram grandes contra o motorista e empresa que, em verdade, não eram os responsáveis por aquela morte.
Observo aos leitores que Pedro José Alves insiste em dizer que não é criminalista, o que nos faz lembrar: "Não sou o escultor Michelangelo. Sou Michelangelo Buonarroti".

Elias Mattar Assad
(eliasmattarassad@yahoo.com.br) é presidente da Associação Brasileira de Advogados Criminalistas (Abrac)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Confidências de criminalistas III

Confidências de criminalistas (III)


"Isso não é troca de confidências. O Carioca confidenciou, você não..."(CBA). Fica mais fácil para quem me escreve contar publicamente algo da profissão pois, a pedido, posso preservar o nome do colega. Vou "confidenciar" (no meu caso com aspas) curiosidade de uma defesa criminal, perante o tribunal do júri.
Um advogado, que embora criminalista não milita perante o júri, encaminhou-me para consulta prévia mãe e irmã de um jovem que estava preso, aguardando julgamento popular.
O caso era daqueles em que a denúncia imputava ao acusado a conduta de ter tentado matar um homem com um tiro, simulando um roubo, por encomenda da ex-exposa da vítima. Em princípio seria a defesa de um "pistoleiro de aluguel". A mãe e irmã do acusado disseram por várias vezes que, embora fosse ele instrutor de artes marciais, seria incapaz de fazer o mal para alguém.
Ultrapassada a rotina de estudo do processo, fui até o local onde estava aprisionado o acusado e ele confirmou que teria sido "mobilizado" por um amigo, que já convivia com a ex-mulher da vítima, para "dar um susto" nesta, "jamais para matá-la". Disse-lhe que as probabilidades dos jurados tomarem por razoável aquela narrativa seriam quase nulas pois como explicar-lhes a aceitação de ir "dar um susto" na vítima? de ter aceito uma arma municiada e quinhentos reais em dinheiro para consumar o fato? de ter feito uma espera diante da casa da vítima naquela noite? de tê-la abordado com voz de assalto e atirado contra a mesma... Concluindo que, com aquela versão dos fatos, a condenação seria certa!
Aquela figura pálida por falta de sol dos quase dois anos de aprisionamento em delegacia, completamente sem esperanças de liberdade a curto prazo, pergunta-me o que fazer e respondi-lhe: sua verdade parece uma mentira que nem eu estou acreditando. Se não me convenci, como vou convencer os jurados... Aceito a causa se você disser que foi lá para matar a vítima e que, por não ter índole assassina, se arrependeu e deu-lhe um tiro na perna... (no fundo eu achei realmente que a versão do "susto" era mentira). Naquele momento ouvi dele apenas: "o senhor é quem sabe...". Mais tarde no escritório ouvi brados da mãe do acusado inconformada: "o senhor quer que o meu filho diga para os jurados que ele foi lá para matar e acha que vai tirá-lo da cadeia?" Enfim, deu muito trabalho para explicar-lhes os termos do artigo 15 do Código Penal, segundo o qual: "O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados", que seria (e foi) a tese da defesa. Ressalvo que no caso concreto o ato praticado era apenas uma lesão corporal leve, cuja pena já tinha sido superada pelo tempo de aprisionamento do acusado. Felizmente, no júri, venceu a tese da defesa (posto em liberdade o réu) com posterior confirmação pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Momento de humor durante o julgamento, para fixação da tese da defesa foi uma paródia que fizemos de uma propaganda de cartão de crédito: "contratar um pistoleiro: R$ 500,00; comprar uma velha pistola com munição: R$ 600,00; na hora do crime o agente se arrepender e poupar a vida da vítima: não tem preço!"

Elias Mattar Assad (eliasmattarassad@yahoo.com.br) é presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas.

sábado, 12 de janeiro de 2008

APITOXINA: O VENENO QUE CURA

APITOXINA: O VENENO QUE CURA

De todos os produtos da abelha, a apitoxina é talvez o mais polêmico e o que suscita mais cuidados por parte do ser humano. Como tudo na natureza, é um paradoxo, mata em grandes quantidades, mas cura na dose certa.


A pesar de ser letal para o homem, quando aplicado em grandes proporções, o veneno da abelha é, paradoxalmente, um consagrado medicamento contra diversos distúrbios e problemas. O veneno da abelha, também chamado de apitoxina, é produzido por glândulas existentes no abdômen e introduzido no corpo das vítimas através do canal existente no ferrão, provocando reações que variam de intensidade de acordo com a sensibilidade de cada pessoa, podendo levar até a morte.

E uma substância química complexa formada por águas e aminoácidos, açúcares, histamina e outros componentes. O veneno da abelha é indicado para a saúde humana, mas ainda faltam publicações científicas a respeito do assunto. A obtenção exige técnicas de laboratório e situa-se num plano mais sofisticado da atividade apícola. Introduzida por Ciro Gomes Protta há vinte anos, a apitoxina chegou a ser comercializada em escala industrial em forma de pomada pelo laboratório Protta Apícola do Brasil, mas foi retirada do mercado por excessivas exigências do Ministério da Saúde, que não fornece O registro definitivo de comercialização do produto como medicamento novo, por não ter uma legislação específica para o assunto. Ciente da necessidade de um estudo científico, o laboratório se debruçou sobre o assunto que já tem dois laudos positivos emitidos pela Universidade de São Paulo — USP e UNIVALE, segundo Ciro Protta.

"Atualmente estamos trabalhando com quatro universidades que estão debruçadas em estudos da apitoxina no organismo animal e humano. Dentro de mais um ano teremos todos os dados para ser publicado em revistas científicas, o que deve validar a pesquisa dentro e fora do país", afirma. ~Cerca de 60 pessoas estão sendo tratadas com a pomada oficialmente, mas quando eu ainda fabricava e vendia o produto, mais de 100 mil pessoas puderam comprovar a eficácia da apitoxina como agente antiinflamatório, no tratamento de artrite, reumatismo, tendinite, bursite e inflamações comuns".

Apitoxina - O uso da apitoxina é muito antigo e veio provavelmente da observação de que os primeiros apicultores recebiam muitas picadas e não tinham problema de reumatismo. A apitoxina pode ser encontrada no mercado de forma clandestina (pois não tem autorização do Ministério da Saúde para ser vendida como remédio) em injeções subcutâneas, pomadas, inalações e até mesmo em comprimidos. A picada natural da abelha também é um método empregado, principalmente por acupunturistas. E recomendada para doenças como artrites, nevrites, afecções cutâneas, doenças oftalmológicas, no tratamento de esclerose múltipla, porém é importantíssimo ressaltar que nenhum desses tratamentos têm embasamento científico, e sim são todos baseados em observações e crendice popular. "Como pesquisador do produto eu recomendo que a apitoxina seja usada somente em pomada, pois em forma de injeção e comprimido sub—lingual, o veneno é absorvido rapidamente pela mucosa e pela corrente sanguínea. Dependendo da quantidade absorvida pela pessoa pode causar problemas", alerta Ciro Piotta que é membro da APACAME —Associação Paulista de Apicultores, Criadores de Abelhas Melíferas Européias.

Coleta do Veneno - Desde meados dos anos 50, o método do choque elétrico tem sido visado para estimular as abelhas a picar O coletor normalmente é colocado na entrada da colméia e conectado a um dispositivo que provê impulsos elétricos. O coletor é feito de madeira ou plástico e segura uma armação de arame. Debaixo dos arames está colocada uma folha de vidro que pode ser coberta com plástico ou material de borracha para evitar a contaminação do veneno. Durante a coleta, as abelhas entram em contato com a armação de arame e recebem um choque elétrico moderado. Elas picam a superfície da folha do coletor, pois identificam a excitação elétrica no momento como uma fonte de perigo. O veneno é então depositado entre o vidro e o material protetor, onde seca e depois é raspado e vendido para a indústria farmacêutica ou laboratório especializado. Todo o processamento da transformação do veneno em pomada demora dois dias.

O apicultor que trabalha com geléia real não trabalha com a apitoxina, pois a coleta do veneno gera muito estresse nas abelhas que ficam muito agressivas após esse trabalho. E aconselhável, inclusive não ter nada móvel (animais e movimentação de pessoas) a pelo menos 300 metros. A coleta deve ser feita somente 1 hora por dia e para coletar 1 grama de veneno é preciso extrai-lo de 10 colméias. A operação, na mesma colméia, só poderá ocorrer após três dias. As abelhas mais indicadas para a extração de veneno são as africanas ou africanizadas.

A previsão de ter o produto totalmente estudado e autorizado pelo Ministério da Saúde é de final de 2002, pois a fase de pesquisas em animais já foi concluída, falta agora a comprovação da eficácia do produto em seres humanos. Mesmo em Cuba e Estados Unidos, a apitoxina ainda não é considerada oficialmente "novo remédio", isso só poderá ser feito após publicação dos estudos. '"A minha industria está com uma pesquisa séria, muito grande, feita de forma detalhada e correta, para que possamos oferecer de forma legal e comprovada o que todo mundo já sabe, que a apitoxina é um excelente remédio. Quando isso acontecer a apicultura brasileira vai tomar um outro rumo e ter mais fôlego,já que a estimativa de produção para consumo gira em torno de 5 quilos de veneno por mês. Hoje, um quilo do produto está estimado em 30 mil reais", finaliza Ciro Protta.


APITOXINA – PRINCIPAIS DUVIDAS

Conheça as perguntas mais comuns a respeito do assunto e tire também suas dúvidas. E importante ressaltar que as afirmações contidas abaixo não têm comprovação cienti[fica!

1- Pra que serve a apitoxina?
A terapia com uso do veneno é reconhecida e aceita no tratamento de certas doenças humanas. O veneno da abelha melífera pode ser usado de diversas formas e modos, Pois é uma fonte rica de componentes farmaceuticamente ativos. Em doze países europeus, na categoria de droga, nós podemos achar vinte e quatro produtos que contêm veneno de abelha. Esses produtos incluem formas de creme, linimentos, ungüentos, pomadas ou injeção no tratamento de diversas doenças humanas. Eles estão disponíveis através de prescrição ou não, dependendo do pais.

2- O veneno da abelha pode ser administrado oralmente?
Na categoria de droga, informação limitada está disponível sobre o uso de veneno de abelha na forma de tablete, cápsula ou gota. Não obstante, há dúzias de produtos no mercado europeu na categoria homeopática contendo o extrato de bolsa de veneno. Nesta categoria, o veneno de abelha também está misturado com venenos de serpente e centopéia e é administrado oralmente no tratamento de doenças especificas. Foram desenvolvidas cápsulas de veneno de abelha e testadas na região da Calgária no tratamento de dor crônica. Deve-se notar que os resultados são preliminares e requerem pesquisas adicionais.

3- A solução de veneno é tão efetiva quanto as picadas de abelha?
O veneno de abelha tem muitos componentes ativos, porém, durante sua coleta, pode perder suas frações voláteis. Atualmente é desconhecido se estas frações representam um papel importante no efeito curativo. Métodos de preparação impróprios também podem diminuir sua efetividade. O veneno de abelha de uma fonte desconhecida pode ser velho, oxidado ou impropriamente armazenado e, por conseguinte menos efetivo quando usado. Com um método de preparação apropriado é possível fazer uma solução de veneno quase tão eficaz quanto as picadas de abelha. A solução de veneno de abelha foi usada com êxito no tratamento de dor crônica, problemas auditivos, traumas, esclerose múltipla, cicatrizes e todos os tipos de artrite. Algumas das vantagens do uso da solução de veneno são: o tratamento pode ser administrado sob supervisão de um médico; a dosagem e os componentes do veneno são padronizados; e o tratamento é independente das mudanças sazonais dos componentes e da disponibilidade de abelhas vivas.

4- A solução de veneno de abelha é considerada efetiva no tratamento de esclerose múltipla?
Em princípios dos anos 80 acreditava-se que a solução de veneno de abelha era tão efetiva quanto o veneno da abelha viva. Mais tarde este pensamento foi modificado, baseado nos resultados e na única solução de veneno de abelha disponível no mercado norte-americano. Tratamentos com a solução de veneno estão sendo realizados principalmente em clínicas privadas o que limita a informação disponível dos médicos. O tratamento da esclerose múltipla com picadas de abelhas vivas tem só uma década de história reportada e o tratamento com solução de veneno de abelha até menos que isso. A falta de um estudo cientificamente controlado, além de documentação apropriada tem dificultado a de¬terminação e comprovação da efetividade do tratamento. Pacientes com esclerose múltipla respondem individualmente á terapia com picadas de abelhas vivas. Alguns deles podem melhorar dentro de pouco tempo, enquanto outros precisam de um período mais longo. Em vários casos não houve melhora da condição do paciente. É desconhecido o que causa estas diferenças.

5- Quais são as prováveis causas dessa diferença no resultado do tratamento?
É preciso entender que a simples administração do veneno de abelha não assegurará sua efetividade. E importante seguir diretrizes de tratamento. Porém, qualquer que seja o tratamento não tem embasamento científico, todos são baseados em observações. Algumas possíveis causas podem ser: concentração e/ou quantidade insuficiente de solução de veneno, administração imprópria, ingestão insuficiente de vitamina C, carência nutricional, alergias, medicamentos, bloqueios mentais.

6- Com o que se parece o veneno da abelha e quanto tempo pode ser armazenado?
O veneno da abelha melífera é um líquido incolor. Após a secagem, é um pó branco se este for protegido da oxidação. Se não protegido, a oxidação mudará a cor de branco para castanho-amarelado. Mudanças causadas pela oxidação de certos componentes do veneno podem diminuir seu efeito curativo. Há tipos diferentes de veneno como: o inteiro puro e seco, o inteiro seco a frio (liofilisado). O tipo inteiro puro e seco é o mais puro veneno. E de cor branca, não contaminado com materiais externos e incolor quando é usado em solução. O tipo inteiro e seco pode ser contaminado com pólen, fezes, pó, néctar e mel. Sua cor varia de amarelo para castanho-amarelado dependendo da oxidação dos componentes. Em forma de solução tem também a mesma cor.

O veneno de abelha seco a frio é um veneno altamente processado e purificado. Durante a preparação, seu conteúdo de umidade e qualquer outro contaminante são removidos de modo a purificar e preservá-lo. Alguns dos componentes ativos também podem ser removidos se um método descontrolado de purificação é usado. É extensamente usado em cremes, linimentos e ungüentos. Na forma de tablete, pode ser usado para preparar a solução de veneno para aplicações de eletroforese ou de ultrasonoforese. É fácil de esterilizar com filtração de seringa. Se o veneno da abelha é protegido da umidade e luminosidade este pode ser armazenado durante dois anos. Não perderá sua toxidade. Secagem a frio é talvez, o método mais efetivo de se preservar o veneno.

7- Como a solução de veneno de abelha (BVS-Bea Venom Solution) é preparada?
Um dos métodos mais simples de preparar a solução de veneno de abelha é dissolver o veneno em uma solução salina, quente, isotônica, previamente esterilizada e passada por um filtro de microporos. A desvantagem deste método é que a solução salina quente pode destruir parcialmente os componentes ativos do veneno. Conseqüentemente, seu efeito de cura pode não ser comparado à efetividade de uma picada direta da abelha. Há outros métodos para se preparar uma solução de veneno mais efetiva, tais como: através do "método de preparação a frio" ou pelo uso do veneno seco a freezer. São exigidos estudos completos e metodologias precisas para se preparar uma solução efetiva.

8- Existe algum método para se usar a solução de veneno (BVS) sem ter que injetá-la?
A solução de veneno de abelha pode ser administrada por eletroforese ou ultrasonoforese. Ambos os métodos usam o BVS altamente diluído, porém a ultrasonoforese exige que esta solução seja misturada com um ungüento. A solução de veneno ou ungüento é colocada então sobre a área afetada e penetra o corpo com a ajuda de uma corrente elétrica ou ultra-som. Outro método usa um tablete de veneno de abelha que contém uma quantidade controlada de veneno dissolvido em um volume específico de água destilada e assegurando desta forma urna concentração segura e apropriada. Estes métodos são seguros e indolores.

Eles não requerem o uso de qualquer instrumentação sofisticada diferente do que já está em uso nas instituições médicas. Além disso, estes métodos asseguram a administração controlada do veneno através de médico ou terapeuta. A solução de veneno de abelha pode ser usada na acupuntura também. Durante as últimas três décadas os chineses combinaram métodos de acupuntura tradicional com o uso da solução de veneno de abelha no tratamento da epilepsia, impotência e várias outras condições passíveis de serem tratadas com picadas de abelhas vivas. Um dos métodos usa urna agulha de acupuntura que foi imersa na solução de veneno e administrada em pontos de acupuntura.

9- É necessário esterilizar a área afetada antes de se administrar o ferrão da abelha ou BVS?
Alguns dos mais comuns desinfetantes como álcool ou tintura de iodo não deveriam ser usados para BVS. Estes desinfetantes destroem os componentes ativos do veneno rapidamente. Na prática, a área afetada pode ser lavada com sabão e água morna e ser seca com uma toalha. Antes da administração de uma injeção de veneno de abelha a área afetada deve ser limpa com éter ou benzina.

10 - Como eu posso usar na terapia creme, linimento, ungüento ou pomada contendo veneno de abelha?
Foram desenvolvidos produtos de veneno de abelha nestas formas para o tratamento de artrite, reumatismo, tendinite, bursite, inflamações comuns. Não há nenhuma evidência científica ou informal para este tipo de administração do veneno em condições de esclerose múltipla.

11- Quantas injeções podem ser preparadas com 1.0g de veneno de abelha?
Os resultados de pesquisa mostraram que a bolsa de veneno da abelha melífera tem aproximadamente 0,1 mg de peso seco. Então, 10.000 bolsas contêm 1.0 g de veneno. Preparando-se uma solução inicial 3x concentrada, cada 1 ml conterá 1.0 mg de veneno. Administrando 0.1 mi da solução de veneno na área afetada será equivalente à picada de uma abelha. Como resultado, 1,0 g de veneno de abelha pode resultar em 10.000 injeções. Durante os últimos 30 anos, a solução 3x concentrada tem sido considerada uma preparação homeopática e foi provado ser seguro o seu uso. O tratamento sempre foi administrado por médicos e não existem informações a respeito de choques anafiláticos sérios ou mortes. A mais recente pesquisa indicou que uma bolsa de veneno comum contém aproximadamente 40-50% mais veneno que aquela quantia previamente mencionada. Então, aproximadamente 7.000 injeções podem ser preparadas de 1.0g de veneno de abelha. Porém, estes resultados têm que ser ainda amplamente pesquisados e aceitos.

Apitoxina - O VENENO DE ABELHAS

O VENENO DE ABELHAS

A Apitoxina ou veneno de abelhas como é conhecida por muitos, é uma substância complexa, uma neurotoxina, cuja composição é de 88% de água e o restante corresponde a 19 aminoácidos, enzimas, peptídeos e aminas bioativas, açúcares, componentes voláteis e outros em menor quantidade.

INDICAÇÕES DA APITOXINA:

Reumatismos dolorosos
Artrite reumática
Tendinite
Dores musculares
Bursite
Artrose
Nevralgias (ciático e trigêmeos)
A Apitoxina é também vasodilatadora, proporcionando uma maior irrigação na região afetada, possibilitando assim, uma melhor atuação do cortisol. Por maior que seja o estímulo que a apitoxina possa provocar, a glândula supra-renal só libera a quantidade de cortisol de que o organismo necessita, diferente do cortisona exógeno (corticóides) que é um antiinflamatório muito perigoso, pois pode promover uma super dose no organismo, causando problemas como: obesidade, hematomas, infertilidade e etc.

COMO CONSUMIR A APITOXINA

APIPUNTURA DIRETA: toma-se picadas de abelhas diretamente na região dolorida.
COMPRIMIDOS: devem ser usados de forma sublingual, pois com a ação dos sucos gástricos a apitoxina se torna inativa.Cada comprimido contém 10 UA (Unidade Apis), sendo que 1 UA equivale à fração não tóxica (terapêutica) do "veneno" de 1 picada de abelha. Deve-se usar 1 comprimido duas vezes ao dia, quebrando-o com os dentes e mantendo-o sob a língua durante 10 minutos. É importante durante a terapia com Apitoxina, suplementar a dieta com geléia real, pois além de sua ação revigoradora, é uma fonte importante de fósforo, pois no metabolismo da Apitoxina, o organismo necessita deste elemento.
CREMES: para dores localizadas, massageia-se a região dolorida duas a três vezes ao dia.
INJETÁVEL: só deve ser utilizado com acompanhamento médico.
APIACUPUNTURA: pontos de acupuntura, onde é colocada uma gota de apitoxina. Somente realizado em clínicas especializadas
texto extraído do site: http://www.sebraern.com.br/apicultura/apic_aapitoxina.htm

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A ressurreiçãoJesus aparece a alguns dos discípulos junto do mar de Tiberíades

Jesus aparece a alguns dos discípulos junto do mar de Tiberíades

1 DEPOIS disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e manifestou-se assim:
2 Estavam juntos Simão Pedro, e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos.
3 Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Dizem-lhe eles: Também nós vamos contigo. Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada apanharam.
4 E, sendo já manhã, Jesus se apresentou na praia, mas os discípulos não conheceram que era Jesus.
5 Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, tendes alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não.
6 E ele lhes disse: Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes.
7 Então aquele discípulo, a quem Jesus amava, disse a Pedro: É o SENHOR. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar.
8 E os outros discípulos foram com o barco (porque não estavam distantes da terra senão quase duzentos côvados), levando a rede cheia de peixes.
9 Logo que desceram para terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima, e pão.
10 Disse-lhes Jesus: Trazei dos peixes que agora apanhastes.
11 Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes e, sendo tantos, não se rompeu a rede.
12 Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. E nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor.
13 Chegou, pois, Jesus, e tomou o pão, e deu-lhes e, semelhantemente o peixe.
14 E já era a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dentre os mortos.
15 E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
16 Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
17 Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: SENHOR, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
18 Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras.
19 E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isto, disse-lhe: Segue-me.
20 E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há de trair?
21 Vendo Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será?
22 Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu.
23 Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não lhe disse que não morreria, mas: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti?
24 Este é o discípulo que testifica destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
25 Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém.
João 21:1-25 - (Almeida Fiel e Corrigida)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

A ressurreição

A ressurreição

1 E NO primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.
2 Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram.
3 Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro.
4 E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro.
5 E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou.
6 Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis,
7 E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.
9 Porque ainda não sabiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dentre os mortos.
10 Tornaram, pois, os discípulos para casa.
João 20:1-10 - (Almeida Fiel e Corrigida)

Jesus aparece a Maria Madalena

Jesus aparece a Maria Madalena

11 E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro.
12 E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13 E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
14 E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus.
15 Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.
16 Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer, Mestre).
17 Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
18 Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto.
João 20:11-18 - (Almeida Fiel e Corrigida)